“Se você desabar nas armadilhas do mercado e tenta reforçar o sucesso que você teve, você está morto”. O mantra de Dorian não podia ser mais oportuno pra inaugurar a vasto noite do décimo aniversário Ron Barceló Desalia. O festival mudou o Caribe pelas águas do Mediterrâneo e as praias, por um cruzeiro. Voltou a apostar no ritmo pátrio, com o indie de Dorian e o salseo de um João Leiria, que fez tremer um barco, em que “as falhas são arranjados no momento”, como reconhecia um filiado do pessoal. Com três cenários com mais de 80.000 w de som e 1.400 convidados a bordo algum imprevisto era inevitável.
Mas o traço realmente compensa. Assim o reconhecem os participantes de Dorian, que garantem, numa entrevista à ABC que “é fundamental”. Enquanto a página “Um agradável dia em Madrid” passa outro melhor em Ibiza, Victor de Dendê para a de um rápido instante de navegação anónima.
Um jovem anônimo, com óculos descolados e o cabelo loiro, é a respeito do ator de”O que está por vir” e seu colega Patrick, com o cabelo rosa, para solicitar-lhe um charuto. Enquanto ele lia, fiel ao espírito de um festival em que poucos se conhecem entre si, o jovem perguntou, alheio a tudo, de onde são e o que estudam.
naturalidade está infravalorada. Victor e seu amigo sorriem, despercebidos por um instante. Não deste jeito Maxi Igrejas e João Betancourt, que cientes de todas as atenções, enquanto tomam o sol, deixam a sala VIP pra incorporar-se entre o público pela noite de branco e dessa maneira dançar “electrolatino” entre a multidão.
Entre sucesso e hit, um João Leiria animado, como se de um principiante se tratasse, não poderá conter um sorriso ao ouvir o público cantar de memória de seus assuntos. “Illa illa illa, Joãozinho maravilha”, lhe gritam e ele, entre sereias, estrelas-do-mar, volta a sorrir: “Isto só ocorre no Brasil”.
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Parece que se citou neste momento a respeito de os millenials. Foram colocados a respeito da mesa tuas virtudes e seus defeitos. Mas os descreve tão do mesmo jeito que o nome do grupo Dorian, que não tem nada de aleatório. A banda escolheu o nome do personagem do clássico de Oscar Wilde, pelo motivo de “é um protagonista mais próximo e próprio pro nosso tempo, é hedonista, vaidoso, tem vários traços de nossa formação”, admite a pianista Belly Hernandez.
O grupo de Barcelona, que cresceu sem o amparo de uma gravadora extenso, a aposta distinto, o que se sai do molde e rompe com as tendências, o autêntico. Algumas letras que, admite, “são um convite à rebeldia”.
“Se a gente sente que não se encaixa nos moldes em que nos mete a sociedade por intermédio da instituição, não se sinta mal, pesquisa a sua própria identidade, do seu caminho”, espolea o cantor. “Nossas letras são um convite para a procura de nosso próprio eu e nosso caminho por cima da coletividade com seus medos e tuas fobias.