É a todo o momento muito cuidado em seu pensamento de deixar-se levar pelos lugares-comuns. Os lugares comuns têm má fama, contudo na retórica clássica, um lugar comum, é aquilo em que o mundo todo estava uma contestação funcional.
Esta reedição em modelo parece não responder tal a um plano editorial como intelectual. O último livro, “Necessário, porém é inadmissível”, termina com um corolário chamado “Raptado pelas musas”, que podes parecer excêntrico, já que incorpora uma matéria que não tem nada que observar com os livros anteriores.
- Alaphilippe passa a mais de 2 minutos e vem o declínio duradouro
- Os ciclos da matéria e fluxo de energia
- dois Mergulho de perseguição
- Jardim Dr. Atl
- 1 Pecados e Virtudes
- 12: Correr – São José Operário – Angústias
Mas a mim pareceu-me considerável explicar, primeiro para o leitor, qual foi o fenômeno exótico, que me levou a escrevê-lo. Tenho escrito vários a respeito, sobre a visão, a função. E inclusive até quando não tem nenhum feitio explicitamente autobiográfico, estou tentando conduzir a conceitos de uma experiência que é frequentemente invocada, todavia praticamente nunca estabelecida, que é a vocação. Você imediatamente teve seus livros importância crescente? No ano de 2003, era um autor de 38 anos que não tinha publicado nada, sem posição acadêmica e estive com o meu primeiro livro.
E, não obstante, me deram o prêmio Nacional de Ensaio. O prêmio atraiu a atenção, houve a presença e a conversa, houve seminários sobre o livro, e teve ampla recepção. “Aquiles no gineceu” é um livro —o que eu posso acompanhar, eu não tinha antecipado— que gosta, sobretudo, escritores e poetas.
Muitos têm considerado um favorito, por vezes, em termos absolutos. Em “Imitação e experiência” fala de como a modernidade destruiu o modelo de imitação. Como superar daí a invenção humana? Como toda idéia ou melhor, há que afastar-se de julgar as coisas por seus desvios ou tuas perversões.
Apenas uma visão negativa da imitação faz dela algo que está excluída da invenção. Quando não diretamente herético. Exato. Com um critério ontológico: se o universo é perfeito, o que é novo precisa de ser monstruoso e incomum. O universo está acabado e completo, qualquer coisa novo precisa de ser desviado, um aborto de ser.
A idolatria e o entusiasmo que hoje experimentamos para o novo, pro original, era qualquer coisa desconhecido pela premodernidad, isto é, até o XVIII. O mundo precedia o homem e a única reação conexo e lícita perante o mundo, era a repetição. Essa é a causa por que, não somente a arte, todavia a realidade mesma se explicam com o esquema modelo-cópia.
Existe neste instante uma realidade exemplar, o único que queremos fazer é imitar. Do ponto de visibilidade metafísico, a realidade imita as ideias platónicas. Do ponto de visão artístico, nós devemos imitar os antigos, ou pra natureza, que representam essa perfeição.
Sempre se repete o mesmo esquema, padrão-cópia. Entretanto existe uma imitação pós-moderna. Uma coisa é o fenômeno imitativo, e outra é a reflexão sobre a imitação. Não, já que você podes escolher o padrão a imitar. Na história da cultura, as mesmas histórias são contadas uma e outra vez.
A crítica cultural costuma censurar esses fenômenos, remakes, como falta de imaginação, todavia me parece que são, como você diz, um fato inegável e inevitável, Podemos relatar que é legítima a imitação a toda a hora que suponha um aprofundamento? É uma boa descrição.